quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cruzeiro cai diante da soberba

Henrique arrisca, a bola desvia e entra no canto do goleiro. Cruzeiro 1 a 0. Mineirão lotado. Adversário acuado, sem conseguir sair muito para o jogo. O que fazer?

Bem, vou dizer o que foi feito pelo Cruzeiro.

Achou que a partida estava dominada. Ao invés de aproveitar o embalo e empurrar os argentinos para dentro do gol, tocou a bola para deixar o tempo passar. Isso, aos 6 minutos do segundo tempo.

E veio a displiscência. Verón - logo ele - recebe sozinho na linha do meio de campo. Corre em diagonal e descobre o lateral Cellay livre na direita. Sem ser muito incomodado, ele cruza. A bola passa por todo mundo, menos por Fernández. E passa por Fábio. Partida empatada aos 12 do segundo tempo.

Pacientemente, o Estudiantes foi arrumando uma faltinha aqui, parando o jogo ali. Escanteio. Verón cobra, a zaga celeste novamente cochila e a bola dorme mansa na rede após cabeceio de Boselli, artilheiro da Libertadores com 8 gols. Virada dos Pinchas aos 27 da etapa final.

Daí para frente foi o desespero da talentosa, porém, pouco malandra equipe brasileira contra a previsível, porém, estrategista equipe argentina. Mais uma taça nas mãos deles.

Esta conquista foi a quarta do Estudiantes na Libertadores. Mais do que qualquer time brasileiro. Isso porque, no geral, está atrás de outras duas equipes portenhas - Independiente (7) e Boca Juniors (6).

Falando em números, se somandos os títulos dessas duas esquadras, iguala-se com o total de todas as equipes brasileiras (13).

Por que?

Pois os argeentinos sabem jogar esta competição. Sabem decidir. Pelo simples fato de que não enxergam a partida como a simples busca de um gol. Para eles, é guerra. Por espaços, pela bola. Por um lateral. Passional e cerebral. Tesão e raciocínio. E, muitas vezes, talento também.

A diferença básica é que o brasileiro gosta de jogar bola - e dar show, se possível. Já o argentino, antes de tudo, não gosta de perder.

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