terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Por que?
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Crônicas sobre o Fim dos Tempos - Parte 1
Olá.
Você pode não gostar do que eu vou escrever. Não terá finais felizes nem lições de moral. Não te fará se sentir melhor, provavelmente será o contrário. Talvez te faça pensar. No que? Só a soma das suas experiências com as minhas palavras vai dizer.
Para mim, o que eu escrevo, é uma forma de sobreviver à este mundo maluco e sem propósito no qual vivemos. Não me surpreendo se este realmente for o fim dos tempos.
Lidemos com os fatos: o mundo que construímos não nos levou a lugar algum.
Duvido que sejamos mais felizes que nossos primos primitivos. Duvido que eles soubessem o que é felicidade, e este conceito maldito os atordoasse cada vez que fossem confrontados com a realidade.
Realidade? Não há lógica, justiça ou positividade alguma. Só há casualidade. Causa e efeito. Caos.
Somos filhos das moléculas errantes que somos. Acidentes químicos, acaso de raios e fusões em uma atmosfera efervescente e morta. Somos eternamente fadados à perdição. Rumamos triunfantes em direção à entropia. O tudo que precede o nada. O nada que sempre foi tudo o que é real.
Somos a resultante de uma equação irrelevante.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
(Um pouco de) Tempo
A gente usa o Tempo, pra ganhar tempo, pra comprar coisas, pra perder tempo
com entretenimento, um advento, pra fazer o tempo, a seu contento,
virar contentamento, um passatempo, um ganha tempo, pra parecer
que não perdemos tempo, pensando a vida, passando a vida, vivendo o tempo,
pra viver correndo, do seu passado, do seu presente, do seu futuro, a todo tempo
passado o tempo, a esperar, a procurar, a aspirar, um pouco mais de tempo.
Que nos define, na finitude, da amplitude, do que existe
Do que é real, é o que vemos, o que sentimos, o que seguimos
Como natural, é ter começo, é ter um fim, é ter enfim,
Um final pro tempo
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Difícil entender
Respondi, meio que sem pensar:
"Parado.
Na esquina do nada com coisa nenhuma.
Com minha cabeça maquinando Marketing e derretendo Fluminense.
Tô retomando agora, pela minha sanidade.
Comprei minha guitarra dos sonhos, e acho que ela reabriu meu cérebro.
Hoje.
Agora."
Ela mandou eu postar este desabafo, e tá aqui. Postei.
Blog reativado. Isso tudo, insone, com minha guitarra na mão, enquanto escrevia depois de muito tempo algumas estrofes.
E estas, fluíam...que saudade desta sensação!
Depois de tanta sombra, uma música e uma postagem. Pra quebrar o gelo.
Espero que o canal fique aberto.
Aproveito o ensejo, e batizo de vez a minha guitarra, quase certeza que agora é certo, tanto o nome como ela. Sonho em mãos.
Êi-la, Edwin Gallagher I.
Minha Epiphone. Minha épica ponte para a inspiração, novamente.
Voltemos à música agora.
Até.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Rio
Minha alma canta...
Tem dias, que ela pranta,
Mas a gente se levanta.
Minha cidade, minhas praias, minhas gatas, meus malandros.
Minhas mazelas, meus bandidos, minhas milícias e políticos.
Sou eterno turista, síndico e residente do purgatório da beleza e do caos.
Vivo na zona...
Portuária, Norte Sul Oeste Cardeal.
Engarrafado do Leme ao Pontal.
Verão, ah o verão!
Vocês ainda hão de me ver brilhar no exterior.
Jogo bola e sou Olimpo, sim senhor.
Sou Carioca e Fluminense, mas há Fla, Vasco, Fogo e o Mequinha.
A bola é minha, sempre foi.
Todo o país reconhece. Menos lá, você sabe...
Mas eles vem pra cá, e se apaixonam.
Todos os sotaques, moedas, manias, etnias.
Cada canto tem um encanto pra você.
A cidade maravilhosa te convida...e aprisiona.
Não há como se livrar, não há como esquecer.
Guanabara, tudo por você!
E se mistura tudo, se reinventa.
O da gema e o cigano se alimentam dos Orixás.
E pegam onda, tiram onda, seguem a onda da estação.
Seja primavera ou verão.
"Ah, vocês verão!
Ainda deixo de ser cartão postal e viro cidade-modelo...
Ou já sou?"
De certo, és o tempero de todo um país.
Recanto encantado entre a serra e o mar.
Se Deus é Brasileiro, o Papa é Carioca.
E o capeta só não veio porque tá caro moral na Zona Sul.
Mas frequenta a Lapa, o BG, toma chopp no Leblon.
Vem, usa, e vai embora.
Mas, deixa estar.
Parabéns, São Sebastião do bendito Rio, do bendito mês.
Cada vez melhor, mesmo respirando o caos nosso de cada dia.
Prazer e agonia.
Ah, mas vocês verão...
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Abram Alas!
Festa da carne, na perdição, predileção de 9 em cada 10 brasileiros...
A mais brasileira das tradições.
Para mim, sempre uma data de reflexão.
Muitas vezes, forçada, noutras, por escolha. Mas meus Carnavais sempre são um tanto diferentes.
Eu sei, já entendi o recado, e não insisto. A festa não é pra mim.
Já reclamei, não reclamo mais.
Achei minha paz no meio dos foliões.
Não desgosto nem desmereço quem goste.
Só não compartilho.
Tirei o deste ano para relaxar, me encontrar no encontro com o recanto verde e calmo.
Desacelerar no período onde todo o resto parece querer explodir.
A ebulição efervescente das peles douradas, aceleradas pela libido festiva, celebrando a vida e sua justa e maior recompensa.
Pra mim, o prêmio é outro.
No silêncio de boas companhias, me encontro acompanhado por um sentimento de busca e perda, diferente dos confetes e serpentinas e beijos e danças.
Busco me perder novamente em mim mesmo, e assim me reencontrar.
É, amigos, dentre tantas diferenças entre o meu e o seu Carnaval, há de se achar semelhanças.
Meu ano também só vai começar depois da quarta-feira de cinzas.
O reencontro com o doce sabor do recomeço.
Abram alas!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Palavras
Palavras.
Talvez, minhas melhores amigas. No mínimo, as mais antigas.
Sempre nos tratamos muito bem.
Quando preciso, elas aparecem. E tento expô-las com carinho, com trato.
Mas ando em falta com elas.
Não por desonestidade, mudez ou falta de exercício.
Afinal, no trabalho, elas são corriqueiras. Veículo importante das ações.
Mundanas e necessárias.
Estou em falta é com o escrever, o criar, o reordenar palavras.
Em falta, e sentindo muita falta.
Talvez, a ferramenta com a qual mais me identifico.
A maneira como me defino.
Palavras. Falado, dito, pensado.
Saudade da liberdade de brincar com elas.
Mesmo quando o fazia por ofício, era, de certa forma, lúdico.
Mas deixei esta faceta profissional de lado, ao menos por enquanto.
A hora é de realizar, progredir, aprender.
Evoluir.
Se tem uma palavra que resume este pouco mais de ano sem escrever, é MISSÃO.
Vivo na plenitude das minhas forças o que considero uma missão de vida.
Sem esquecer a sensação e a certeza de que, se houve, há e haverá alguma missão, de fato, para a minha vida, esta sempre envolverá uma coisa:
PALAVRA.
Em todos os sentidos.
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Saudade de escrever por escrever...
Saudações,
AMV