Ah, o Carmaval!
Festa da carne, na perdição, predileção de 9 em cada 10 brasileiros...
A mais brasileira das tradições.
Para mim, sempre uma data de reflexão.
Muitas vezes, forçada, noutras, por escolha. Mas meus Carnavais sempre são um tanto diferentes.
Eu sei, já entendi o recado, e não insisto. A festa não é pra mim.
Já reclamei, não reclamo mais.
Achei minha paz no meio dos foliões.
Não desgosto nem desmereço quem goste.
Só não compartilho.
Tirei o deste ano para relaxar, me encontrar no encontro com o recanto verde e calmo.
Desacelerar no período onde todo o resto parece querer explodir.
A ebulição efervescente das peles douradas, aceleradas pela libido festiva, celebrando a vida e sua justa e maior recompensa.
Pra mim, o prêmio é outro.
No silêncio de boas companhias, me encontro acompanhado por um sentimento de busca e perda, diferente dos confetes e serpentinas e beijos e danças.
Busco me perder novamente em mim mesmo, e assim me reencontrar.
É, amigos, dentre tantas diferenças entre o meu e o seu Carnaval, há de se achar semelhanças.
Meu ano também só vai começar depois da quarta-feira de cinzas.
O reencontro com o doce sabor do recomeço.
Abram alas!
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