7h da manhã, sozinho na redação.
Imagino o mundo sem mais ninguém.
Enfadonho!
Tudo perde o sentido.
Sempre estamos entre uns e outros.
Pegando de cá e levando pra lá.
Ir e vir de coisas, informações, carinhos, decepções.
Elos de ligação de uma corrente invisível.
Corrente esta cheia de pontos fracos,
de falhas incorrigíveis,
mas que se mantém firme, conectada e funcional.
Cordeirinhos, mesmo os mais rebeldes.
Não tem jeito.
Estamos presos um no outro, neste jogo cármico.
Mas quem move as peças?
O livre arbítrio?
A mão de Adam Smith?
O vento do vazio infinito budista?
A determinação de um Deus onipresente e controlador?
A ciência e quem a controla?
Ectoplasmaticamente envoltos?
Não sei.
Só me sinto ligado à você mais do que nunca.
Preso nesta massa amorfa de coisas táteis e invisíveis.
Estamos no mesmo barco, e ele está afundando.
São 7h42 e ainda estou sozinho na redação.
Sozinho?
Não creio.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário