Tudo friamente calculado.
Métrico e metódico.
A tensão gélida em rostos pálidos,
ávidos por sentir algo além de suas obrigações.
As aspirações esvairindo-se em transpiração.
Sonhos arquivados e usados somente para anestesiar.
E uma cerveja para reconfortar o dia.
Ratos em rodas, enfileirados,
girando o moinho do tempo em eterno pique no lugar.
Vendo a vida correr sem novidades.
O cumprimento da profecia autorrealizável da monotonia.
Desejos? De consumo.
Tudo em código de barras.
Prateleiras de amores e abraços e apertos de mão analgésicos.
Ressaca de viver de mãos atadas.
A farsa da impressão do equilíbrio,
sentada em um gigantesco barril de pólvora.
Você sabe. Eu sei.
Mas siga na sua que eu fico na minha.
Até a fagulha derradeira.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
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ALEXANDRE,
ResponderExcluirME DESCULPE O TERMO: MAS QUE CASSETADA INCRÍVEL ESTE SEU TEXTO.
EXCELENTE , POIS NÃO É SEMPRE QUE ENCONTRAMOS ESTES BLOGS, COMO O SEU, O QUAL VOLTAREI SEMPRE.
ENTÃO VOU FAZER-LHE UM CONVITE:
O MEU BLOG: “HUMOR EM TEXTO”,
DESTA SEMANA, FALA SOBRE NOSTALGIA,MAS NÃO É UM DRAMALHÃO DE NOVELA , E SIM COLOCAÇÕES OTIMISTAS E ALEGRES SOBRE O TEMA.
SERIAM MESMO, ESTAS LEMBRANÇAS DO PASSADO E CERTA DESILUSÃO COM O QUE ESTAMOS ASSISTINDO, SOMENTE NOSTALGIA, OU VIVEMOS UM NOVO MUNDO DE ESPERANÇAS?
E CREIA,SEU COMENTÁRIO É MUITO MAIS IMPORTANTE QUE A MINHA CRÔNICA.
FICAREI HONRADO COM A SUA PRESENÇA.
UM ABRAÇÃO CARIOCA.