Neste intervalo da Copa, decidi jogar uns negocinhos no ar...
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Planam os olhos acima do negro mar
A lua está do meu lado
Na janela vejo a altura de um sonho
Com destino e data, mesmo assim, incerto
Temo por instabilidade
Luto contra o estável, porém
O perigo é afrodisíaco. Até a página 15
Me conforto em bocas e ombros
E me desconforto em sua maciez
Pela janela olho tudo passar mais uma vez
Te perco no reflexo do vidro
E te acho sob a luz, do meu lado
Num copo bebo saudade
Com gosto de estragado
Em linhas tortas, transcrevo, vulgar
Toda minha insensatez
No seus olhos, vejo tudo passar mais uma vez
E se de repente, da lua eu cair
E beijar de sangue o chão
Não me lamento por partir
Pois nada teria sido em vão
E antes do adeus
Em uma overdose de lucidez
Tive que relembrar, tudo passar mais uma vez.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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