quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Abram Alas!

Ah, o Carmaval!

Festa da carne, na perdição, predileção de 9 em cada 10 brasileiros...

A mais brasileira das tradições.

Para mim, sempre uma data de reflexão.

Muitas vezes, forçada, noutras, por escolha. Mas meus Carnavais sempre são um tanto diferentes.

Eu sei, já entendi o recado, e não insisto. A festa não é pra mim.

Já reclamei, não reclamo mais.

Achei minha paz no meio dos foliões.

Não desgosto nem desmereço quem goste.

Só não compartilho.

Tirei o deste ano para relaxar, me encontrar no encontro com o recanto verde e calmo.

Desacelerar no período onde todo o resto parece querer explodir.

A ebulição efervescente das peles douradas, aceleradas pela libido festiva, celebrando a vida e sua justa e maior recompensa.

Pra mim, o prêmio é outro.

No silêncio de boas companhias, me encontro acompanhado por um sentimento de busca e perda, diferente dos confetes e serpentinas e beijos e danças.

Busco me perder novamente em mim mesmo, e assim me reencontrar.

É, amigos, dentre tantas diferenças entre o meu e o seu Carnaval, há de se achar semelhanças.

Meu ano também só vai começar depois da quarta-feira de cinzas.

O reencontro com o doce sabor do recomeço.

Abram alas!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Palavras

Palavras.

Talvez, minhas melhores amigas. No mínimo, as mais antigas.

Sempre nos tratamos muito bem.

Quando preciso, elas aparecem. E tento expô-las com carinho, com trato.

Mas ando em falta com elas.

Não por desonestidade, mudez ou falta de exercício.

Afinal, no trabalho, elas são corriqueiras. Veículo importante das ações.

Mundanas e necessárias.

Estou em falta é com o escrever, o criar, o reordenar palavras.

Em falta, e sentindo muita falta.

Talvez, a ferramenta com a qual mais me identifico.

A maneira como me defino.

Palavras. Falado, dito, pensado.

Saudade da liberdade de brincar com elas.

Mesmo quando o fazia por ofício, era, de certa forma, lúdico.

Mas deixei esta faceta profissional de lado, ao menos por enquanto.

A hora é de realizar, progredir, aprender.

Evoluir.

Se tem uma palavra que resume este pouco mais de ano sem escrever, é MISSÃO.

Vivo na plenitude das minhas forças o que considero uma missão de vida.

Sem esquecer a sensação e a certeza de que, se houve, há e haverá alguma missão, de fato, para a minha vida, esta sempre envolverá uma coisa:

PALAVRA.

Em todos os sentidos.

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Saudade de escrever por escrever...

Saudações,

AMV