sábado, 12 de julho de 2014
Já andei de bermuda
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Breve
Hoje eu sinto.
Quanta falta sinto de sentir sua falta.
Ela, que já foi tão presente.
Me fez companhia.
Me fez acreditar.
Me dava um dormir esperançoso, e um acordar aflito.
Oras, se invertia.
Mas sempre ali.
Noite e dia.
Mas hoje, nem isso restou.
Sim, fragmentos. Mas não me permito.
Pois, se antes era apenas uma ilusão,
agora, a certeza quase gritante,
ou a quase certeza que grita,
diz que sonhei à toa.
Não, à toa não foi.
Fui o que poderia ser de melhor.
Mas não era.
Não seria.
Talvez, nunca.
Mas sonhei. E vi que, ao sentir, estava vivo.
Vivo.
Hoje, vou dormir com a saudade.
Em tom de despedida.
Até que a realidade nos separe.
Ou nos prepare para o que vier.
O que vier?
Sim...
Que seja não. Que não seja.
Apenas, que se for, que seja algo digno de se sentir falta.
Seja o que for.
"Se for pra sempre, seja breve. Seja firme. Seja leve. Seja bravo. Seja breve.
Se for pra sempre..."
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Lighter
For a long time, i've carried a weight that isn't mine.
For long, I wasn't me all the time.
In the meantime of what was important then, i've lost myself of what will always be.
What will always be me.
In me, i've played, for a long time, a different part.
Part of me wanted it to be. Other, just wanted to believe.
But after all, I just wanted to be apart of it all. To see it comes down like a waterfall.
And that's all.
But now, all i know is that I'm gonna be ok.
No matter of where I am, I shall be my place.
I'll leave whatever weights and will not be needed. I'll only backpack songs and good memories. Maybe, a bit of scars on my skin, and some lessions in my mind, but just about necessary enough.
Enough.
I'm taking away all the weight of my heart and soul.
Whatever it comes to harm, will be transformed in harmony.
Whatever it comes to bitter, it will be sweetened.
Whatever it comes to dark, will be enlighted.
Light.
From and towards the light.
Lighter.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Me pego pensando
Me pego pensando.
Me pego pensando sobre o que me pegou em você.
O que você pensou, e se te pegou.
O que pega que você ainda não se pegou em mim.
Simples assim.
Nada é simples assim, eu sei.
Mas e se...
E se eu sinto por você o que gostaria que você sentisse por mim?
E sinto, por você, o que gostaria que você sentisse por mim?
E você, será que também sente assim?
Oras, acredito que sim. Noutras, acredito apenas em acreditar.
Ora bolas. Não sei o que deveria saber.
Parece tão claro. Tantos sinais. Tantas direções.
O que sei é o que temos, quando juntos.
Quando a gente se pega. Pensa. Simples. Sente. Acredita. Sabe. Tanto. Juntos.
O que escrevo, o que leio, o que deduzo, é caos.
O que sinto...
Ah, o que sinto...
Enfim.
Não sei se quero saber o que me pegou em você.
Só sei que me pegou. De jeito.
E agora, o que me resta...?
Me pego pensando...
sábado, 1 de março de 2014
Beijo
Santos e demônios dançam na minha cabeca
Me confundem. Se confundem em mim.
Vontades, virtudes, vertigens.
Vestígios do passado e do futuro, presentes na expectativa de um beijo.
Dado. Ainda não dado.
Mas dou, conformado, corda para acordar dentro de um sonho.
De sensações. Preso em liberdades seletivas.
Liberdade, por mim escolhida. Definida.
Defendida como ideologia. Ideia perdida sem ideal.
Mas o ideal é que seja apenas um beijo.
E o beijo, apenas o começo.
Do que?
Que seja são. Ou não.
Apenas que não seja em vão.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Um evento
Em uma mesa, o Passado, o Presente e o Futuro. Todos com semblante preocupado. Um silêncio sepulcral. Olhares se cruzam, como se quisessem falar. Mas tudo se entendia sem dizer.
Não havia o que dizer.
Os três estavam amarrados à este evento.
O nó que une três cordas. O cruzamento de rios bravios. Correnteza de águas, detritos e sedimentos.
Um único sentimento, no choque dos caminhos.
Tortuosa conjectura de acontecimentos.
Da colisão, a dor.
Da dor, a resposta.
Da resposta, uma conclusão.
Nada mais será igual.
Foi.
É.
Será.
Deste instante, tudo é o novo. Inclusive o velho.
No espelho, os olhos captam o que não escapa.
De resto, foi-se.
Morrem possibilidades, surge a estrada de pedra.
Mas há uma curva adiante.
Ao quer parece, uma bifurcação.
Qual será o caminho?
Os três se olham, e se levantam. Cada um segue sua direção. Mudados por este encontro.
Perguntas...
Respostas em ampulhetas imperfeitas.
Nas mãos do Senhor da Poeira, se vão as três figuras.
Em passos errantes...
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Finito
Olhou fundo em seus olhos.
Uma sensação de tristeza, uma leveza melancólica.
Cada detalhe começou a gritar.
Manchas de verões e furacões, de sol e de chuva.
Rugas de causos e causas diversas.
Prós e contras do advento adverso da vida.
Vida que fere e é ferida.
E graças à Deus, não cicatriza.
Nunca houve o amor.
Nunca haverá a saudade.
Tostões ricos em histórias.
Aventuras de hoje, perrengues de outrora.
Patrimonio simbólico da aristocracia factual da memória.
Da cabeça que distorce e, romântica, se embriaga.
E vê o que não houve.
Pra bem ou pro mal.
Viveu-se.
Em cada marca do tempo.
A barriga existe, cheia de si e de tanta coisa.
Não se é tão jovem.
Falta menos do que faltava. Tende a piorar.
Mas não é.
Nunca será pleno.
Completo.
E, por aí, poderia ter sido sempre mais.
Conflito sem fim com o final.
Percebeu que este momento não passou de um segundo.
Horas, dias em sua cabeça.
Anos em sua carne.
Breves instantes de reflexão.
O possível e o impossível se distanciam apenas pelos fatos.
Azar dos fatos.
Ele quer o novo.
Mesmo velho.
Mesmo de novo.
E o espelho e tudo o que ele viu em um segundo foi consigo.