Hoje eu sinto.
Quanta falta sinto de sentir sua falta.
Ela, que já foi tão presente.
Me fez companhia.
Me fez acreditar.
Me dava um dormir esperançoso, e um acordar aflito.
Oras, se invertia.
Mas sempre ali.
Noite e dia.
Mas hoje, nem isso restou.
Sim, fragmentos. Mas não me permito.
Pois, se antes era apenas uma ilusão,
agora, a certeza quase gritante,
ou a quase certeza que grita,
diz que sonhei à toa.
Não, à toa não foi.
Fui o que poderia ser de melhor.
Mas não era.
Não seria.
Talvez, nunca.
Mas sonhei. E vi que, ao sentir, estava vivo.
Vivo.
Hoje, vou dormir com a saudade.
Em tom de despedida.
Até que a realidade nos separe.
Ou nos prepare para o que vier.
O que vier?
Sim...
Que seja não. Que não seja.
Apenas, que se for, que seja algo digno de se sentir falta.
Seja o que for.
"Se for pra sempre, seja breve. Seja firme. Seja leve. Seja bravo. Seja breve.
Se for pra sempre..."