Em uma mesa, o Passado, o Presente e o Futuro. Todos com semblante preocupado. Um silêncio sepulcral. Olhares se cruzam, como se quisessem falar. Mas tudo se entendia sem dizer.
Não havia o que dizer.
Os três estavam amarrados à este evento.
O nó que une três cordas. O cruzamento de rios bravios. Correnteza de águas, detritos e sedimentos.
Um único sentimento, no choque dos caminhos.
Tortuosa conjectura de acontecimentos.
Da colisão, a dor.
Da dor, a resposta.
Da resposta, uma conclusão.
Nada mais será igual.
Foi.
É.
Será.
Deste instante, tudo é o novo. Inclusive o velho.
No espelho, os olhos captam o que não escapa.
De resto, foi-se.
Morrem possibilidades, surge a estrada de pedra.
Mas há uma curva adiante.
Ao quer parece, uma bifurcação.
Qual será o caminho?
Os três se olham, e se levantam. Cada um segue sua direção. Mudados por este encontro.
Perguntas...
Respostas em ampulhetas imperfeitas.
Nas mãos do Senhor da Poeira, se vão as três figuras.
Em passos errantes...